O zinco, elemento menos nobre e classificado a um nível inferior em relação ao aço na série galvânica, é o metal por excelência utilizado como camada superficial de "sacrifício", de forma a proteger o aço estrutural quando exposto a ambientes e agentes corrosivos correntes. Pode ser aplicado por imersão a quente, por projeção a quente (metalização), sherardização, electro-galvanização ou como aditivo em sistemas de pintura.

A galvanização é a principal forma de proteção utilizada para produtos estruturais de aço enformados a frio. O método de galvanização na chapa de aço destinada à produção de perfis estruturais (bem como de painéis perfilados) consiste em desenrolar o aço, fornecido em bobine, mergulhando a chapa estendida num tanque próprio num processo de imersão em zinco líquido a elevadas temperaturas (± 450ºC) que, após arrefecimento e secagem, volta a ser enrolado, formando a camada de proteção superficial. Assim, o zinco encapsula o aço, protegendo-o do contacto e penetração de água e oxigénio. Estas bobines de aço galvanizado a quente é fornecida para a produção dos perfis, resistindo esta galvanização aos processos mecânicos de enformar a frio, vulgo, quinagem.

A água, em contacto com estes elementos, normalmente levaria estes à oxidação. O zinco superficial cria uma patina que funciona como camada de sacrifício, a qual se vai desgastar prioritariamente, abrandando drasticamente o processo de corrosão do aço. Este efeito pode, eventualmente, acontecer nas extremidades dos elementos (quando cortados), em zonas de furação das ligações ou em zonas superficiais riscadas. A classe de proteção do aço geralmente utilizada na produção dos perfis com funções estruturais é a classe Z275, isto é, com uma densidade relativa de 275 g/m2.

Na produção do novo aço, este é composto pela totalidade ou por uma quantidade relevante de material reciclado. Numa construção metálica, quando a vida útil desta não pode ser estendida, é permitida, até certo nível, a reutilização de componentes. Após a vida útil, parte do aço estrutural poderá ser reciclado, contribuindo para a minimização do consumo de minério, dos custos com a energia despendida na produção (podendo chegar esta a 1/3 face ao aço obtido por mineração) e da emissão de gases para a atmosfera.

As novas construções metálicas pré-fabricadas, constituídas integral ou parcialmente por perfis leves em aço enformados a frio, potenciam um produto final de maior qualidade, tanto no controlo da produção em ambiente fabril como nos trabalhos de montagem da estrutura. Estas novas soluções construtivas surgem da oportunidade e necessidade de diminuir constrangimentos nas operações de construção (nomeadamente as associadas a soluções tradicionais como as realizadas no local da obra por meios de elevação e movimentação de carga, armazenamento, etc), seja com a diminuição do consumo de recursos (naturais, mão de obra, energia) e dos resíduos resultantes, utilizando inclusive materiais posteriormente reutilizáveis e recicláveis

Estes novos sistemas construtivos englobam tecnologias versáteis, passíveis de utilização em muitos sectores e indústrias, com potencial cada vez mais comprovado e massificado na construção residencial, comercial, industrial, etc. Promovem a industrialização (pois dela dependem), adequando processos de conceção e fabrico com tecnologias de informação. Os atuais métodos de conceção e fabrico, que utilizam avançados programas informáticos (CAD, CAM, BIM, etc), permitem uma comunicação mais direta, fluida e eficaz entre os diversos agentes envolvidos (projeto, orçamentação, fabricantes, fornecedores), levando à otimização dos recursos e ao aumento da qualidade final do produto, refletindo-se: no fabrico, na facilidade de transporte e armazenamento, na movimentação ágil no local, na montagem da obra e, finalmente, no valor do investimento efetuado. 

Fabrico: Controlo de todos os processos de produção em ambiente fabril, na origem da qualidade superior do produto acabado. Possibilidade de massificar a produção de peças prontas a montar com prazos muito reduzidos;

Ligações: Em obra, executadas exclusivamente por fixação mecânica aparafusada, inexistência de soldas em obra (redução de prazos de execução);

Movimentação: Maior leveza dos elementos estruturais permite meios de elevação menos dispendiosos, agilizando inclusive o processo de montagem;

Transporte: Formato dos perfis permite otimização do espaço ocupado no transporte (menos deslocações e, consequentemente, menos consumo de combustíveis, meios de transporte menos pesados, etc), sendo mais um fator positivo de economia (eventualmente no seu condicionamento em contentor para transporte over-seas);

Montagem: Redução de prazos de montagem, executando de forma planeada e sequencial, mais limpa, seca e sem excessos ou desperdícios de maior, permitindo ao cliente implementar a atividade pretendida prontamente ou retomar a atividade já existente sem maiores demoras. Não dependência de fatores meteorológicos (a não ser extremos) para execução da montagem;

Segurança: Local da obra mais limpo e com menos constrangimentos, com menos materiais (areias, britas, cimento, armaduras), resíduos e equipamentos de apoio à produção (cofragens, escoras, gruas), necessários no local para a execução.

Investimento: Relação qualidade/preço muito competitiva; Envolventes construtivas com melhor comportamento térmico (poupança nos custos com energia); Em caso de reversibilidade, o aço é um dos materiais com maior taxa de reciclagem e reutilização, sendo uma solução final altamente sustentável; Maior rapidez do retorno do investimento, dados os prazos reduzidos em todas as fases do processo;

Relocalização: Possibilidade de relocalizar investimento com menores custos, seja em soluções finais como em instalações provisórias (ex: estaleiros de obras);

Ampliação: Possibilidade de ampliar instalações existentes MODU de forma rápida e com aproveitamento máximo do investimento já realizado (soluções standard);

Espaço: Amplo e desimpedido para armazenamento, fabrico e/ou atividade comercial da empresa; Facilidade de reconfiguração;

Manutenção: Solução galvanizada permite uma manutenção mínima ao longo da sua utilização/exploração, tratando apenas com limpezas periódicas, vistoria de caleiras, etc; Não exposição a patologias frequentes na construção tradicional como fissuração de argamassas de revestimento, efeitos de fluência do betão, anomalias por contração e dilatação das estruturas, alterações dimensionais devido a oscilações térmicas, empenamento de estruturas de madeira, podridão, térmitas, fungos, etc.